Com mercado em alta, empresa de Santa Maria projeta crescimento de 50% na fabricação de máquinas

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Marcelo Oliveira (Diário) 

Na contramão dos percalços econômicos provocados pela pandemia, uma empresa instalada no Distrito Industrial surfa a onda do crescimento exponencial do agronegócio. A Agrimec, especialista em projetar e fabricar maquinários agrícolas que são exportados para 31 países, espera um salto de 50% na produção para este ano. Isso significa que a Agrimec passará a produzir 1,5 mil máquinas em 2021.

Ao todo, 57 modelos de maquinários são produzidos em um espaço de 20 mil metros quadrados da fábrica. Todos eles têm subdivisões, com aperfeiçoamentos feitos especificamente para o mercado vendedor e necessidade dos produtores. Os equipamentos são utilizados nas principais culturas do mercado, como soja, arroz, cana de açúcar, café, entre outros. São cerca de 400 funcionários para cuidar de todo o complexo. Antes da pandemia, eram cerca de 200 colaboradores.

Fundada na década de 1970, o foco atual da empresa é em tecnologia. Tudo para criar processos mais céleres e modernos de produção. Segundo o diretor Davi Lamb, em 2019, o mercado esperava um crescimento - já considerado cíclico - no setor do agronegócio para 2020. Com a chegada da pandemia e o fechamento da fábrica por uma semana, as incertezas perante a concretização dessa elevação foram colocadas em xeque.

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- Com a pandemia, achávamos que esse ciclo de alta iria por terra. Imaginávamos uma coisa e acabou acontecendo outra muito mais forte e muito maior, com bons preços do produto e um câmbio favorável - esclarece Lamb.

Agora, com o foco na inovação, quatro modernos robôs que fazem a solda de equipamentos foram buscados na Alemanha para auxiliar na fábrica. Davi conta que três eixos são fundamentais para melhorar ainda mais a indústria: capacitação de pessoal; tecnologia e processos.

- É um conjunto de fatores que precisam ser modificados. São pessoas, treinamento, qualificação dessa mão de obra, tecnologia. Tudo isso vai fazer com que a gente consiga sair dessas mil máquinas para prevermos 1,5 mil ou mais neste ano - relata o diretor. 

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Exportações já são realizadas para 31 países

O crescimento no setor do agronegócio não é privilégio do Brasil. No mundo inteiro, países investem em tecnologia para conseguirem lavouras mais produtivas e, consequentemente, rentáveis. A necessidade por equipamentos de ponta já é sentida em números. Atualmente, a Agrimec exporta para 31 países nos quatro cantos do mundo.

O começo no mercado exterior foi tímido, ainda na década de 1990, para países da América do Sul, como Uruguai, Argentina e Bolívia. Fernando Abreu, gerente de exportações da Agrimec, explica que a empresa tem investido forte na participação de feiras internacionais e isso se tornou um importante aliado à prospecção de negócios:

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- Conseguimos incrementar as nossas exportações por meio da participações em feiras. Umas mais regionais, como a Expointer, mas, fundamentalmente, a Agrishow, que é uma das maiores feiras do mundo e que tem muita gente de fora. Por meio dessas participações, conseguimos ter uma visibilidade maior e chegar até os países com a nossa marca e os nossos produtos.

No ano passado, foram 130 máquinas exportadas, o que representa mais de 10% da produção total da empresa. Com um contrato já fechado com a Nigéria, em um grande consórcio internacional de agricultura, a Agrimec, nos próximos anos, irá exportar mais 1,5 mil máquinas todos os anos apenas para o país africano.